Com a proposta de definir aspirações até 2020, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) realiza o projeto ‘Indicadores e Metas’, que monitora as áreas de saúde, educação, segurança, meio ambiente, equilíbrio fiscal e desempenho econômico da cidade.
“O objetivo é contribuir com a gestão pública e com a sociedade, por meio do controle e monitoramento de indicadores econômicos, sociais e de gestão fiscal para alcançar os melhores indicadores do Brasil”, explica a economista do Codem, Juliana Franco.
Maringá reduziu o número de óbitos abaixo de 70 anos de 44,1%, em 2015, para 41,5%, em 2018, aproximando-se da meta de 2020, de 40,6%. Já as taxas de mortalidade materna e de internamentos por condições sensíveis à atenção básica, segundo os dados disponíveis (2017), bateram a meta para 2020.
Por outro lado, a taxa de mortalidade infantil aumentou entre, 2015 e 2018, de 9,63 mortes para cada mil nascidos para 11,84 mortes para cada mil nascidos vivos. Outro índice que teve aumento significativo foi o de infestação de dengue, que subiu de 1,65 para 2,15, afastando-se da meta definida que é manter abaixo de 1.
“Na comparação com os maiores municípios do Paraná, Maringá possui o menor índice de óbitos abaixo de 70 anos, mas uma das maiores taxas de mortalidade infantil, que tem Cascavel com o menor indicador (6,47)”, ressalta Juliana.
Educação
O projeto do Codem apontou que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 5° ano (ensino fundamental I) se afastou da meta, saindo da nota 7,1 em 2015, para 7 em 2018. “Esse indicador mede a qualidade do ensino na rede municipal, que é muito superior à estadual, medida pelo Ideb 9° ano (ensino fundamental II).
Já o indicador estadual evoluiu de nota 4,4, em 2015, para 4,6, em 2018, mas está bem abaixo da meta 6 definida no projeto”, ressalta a economista. Já a população com nível superior no mercado de trabalho passou de 18%, em 2015, para 21%, em 2018, ultrapassando a meta de 18%. “Isso evidencia melhora na qualificação da mão de obra”, acrescenta Juliana.
Ao comparar os indicadores de educação de Maringá em 2018 às maiores cidade do Paraná (Cascavel, Curitiba, Londrina e Ponta Grossa), o projeto do Codem apontou que com relação ao Ideb 5° ano, Maringá apresenta o melhor indicador. Contudo, em relação ao Ideb 9° ano, a primeira colocação ficou com Cascavel e Londrina. Já Curitiba e Londrina apresentam maior percentual de população com nível superior no mercado, com 35% e 26%, respectivamente.
Segurança e lixo
Em relação à segurança, Maringá alcançou as metas em quase todos os indicadores, com exceção dos óbitos por acidente de trânsito, sendo estes a maioria com motociclistas. “De 2015 a 2018, as mortes por acidentes de trânsito vêm caindo, é um indicador que está caminhando em direção à meta, de 15 óbitos por cem mil habitantes”, ressalta.
Ao comparar os indicadores de 2018 entre as cinco maiores cidades do estado, Maringá possuía o menor número total de óbitos por agressões/cem mil habitantes, mas o pior indicador em relação a furtos/cem mil habitantes e óbitos por acidente de trânsito/cem mil habitantes, sendo Londrina e Curitiba as cidades com valores menores nestes indicadores, respectivamente.
Em relação ao lixo recolhido pela prefeitura, o reciclado vem aumentando, passando de 2,3%, em 2015, para 5,3%, em 2018. “O indicador ainda está distante da meta de 10%”, afirma Juliana. Sobre a perda de água no sistema, o último dado é de 2017 e alcançou a meta de 25%. Já o número de hortas comunitárias, aumentou de 2015 a 2018, com 36 hortas ativas.
O projeto do Codem apontou que os indicadores Gasto pessoal/ receita total, Gasto com Previdência/receita total e Arrecadação ISSQN/Habitante, alcançaram as metas. Contudo, os indicadores de Taxa de investimento/receita total e Índice Firjan ainda estão abaixo do esperado. “O índice Firjan de Gestão Fiscal avalia a eficiência da gestão pública e a leitura é simples: a pontuação varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal, dividindo por categoria: Excelência na gestão (superior a 0,8 ponto), Boa gestão (0,6 a 0,8 ponto) e Gestão em dificuldade (0,4 a 0,6 ponto) e Gestão crítica (abaixo de 0,4 ponto)”, esclarece Juliana. “Verificou-se que o ponto crítico que fez Maringá registrar queda em relação a períodos anteriores foi o Gasto com pessoal/receita corrente líquida, estando na zona de dificuldade, refletindo um ponto de atenção por parte do gestor público,” acrescenta a economista.
Houve aumento dos gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida do município, passando de 48,41%, em 2015, para 51,01%, em 2018. “Esse índice deve ser fonte de atenção do gestor público decorrente do limite de gasto estipulado pela lei de responsabilidade fiscal, cujo limite é 60%”, finaliza.
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